sábado, 21 de fevereiro de 2015

E o Oscar vai para...

     Falem o que quiserem sobre ela, o Oscar é a premiação mais conceituada da sétima arte. E esse ano a cerimônia acontece amanhã, dia 22/02, no Teatro Dolby em Los Angeles, na Califórnia. O apresentador será o ator (de How I Met Your Mother) Neil Patrick Harris.
     O Oscar é a premiação mais aguardada por mim e por muitos todos os anos. Nada na TV me mantém acordada até altas horas, exceto o Oscar. Todos os anos tento assistir ao maior número de filmes indicados possível antes da premiação e, esse ano, creio ter batido meu recorde. Talvez devido a uma maior e antecipada disponibilização dos filmes nos sites de torrent, consegui ver quase todos os indicados que queria.
     Gostaria de comentar aqui, além dos nomes dos indicados e dos prováveis vencedores, a minha opinião sobre quem eu gostaria que levasse a estatueta dourada nas categorias mais importantes. São eles:
     Melhor Filme: Sniper americano, Birdman, Boyhood: Da infância à juventude, O grande hotel Budapeste, O jogo da imitação, Selma, A teoria de tudo e Whiplash. 
     Melhor Diretor: Alejandro Gonzáles Iñárritu por Birdman, Richard Linklater por Boyhood, Bennett Miller por Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo, Wes Anderson por O grande hotel Budapeste e Morten Tyldum por O jogo da imitação.
     Melhor Ator: Steve Carell em Foxcatcher, Bradley Cooper em Sniper americano, Benedict Cumberbatch em O jogo da imitação, Michael Keaton em Birdman e Eddie Redmayne em A teoria de tudo.
     Melhor Atriz: Marion Cotillard em Dois dias, uma noite; Felicity Jones em A teoria de tudo, Julianne Moore em Para sempre Alice, Rosamund Pike em Garota exemplar e Reese Witherspoon em Livre.
     Melhor Ator Coadjuvante: Robert Duvall em O juiz, Ethan Hawke em Boyhood, Edward Norton em Birdman, Mark Ruffalo em Foxcatcher e JK Simmons em Whiplash.
     Melhor Atriz Coadjuvante: Patricia Arquette em Boyhood, Laura Dern em Livre, Keira Knightley em O jogo da imitação, Emma Stone em Birdman e Meryl Streep em Caminhos da floresta.
     Melhor Filme em Língua Estrangeira: Ida da Polônia, Leviatã da Rússia,Tangerines da Estônia, Timbuktu da Mauritânia e Relatos selvagens da Argentina.
     Segundo o "Termômetro Oscar" o vencedor de melhor filme estaria empatado entre Boyhood e Birdman. Entre estes, prefiro Boyhood. Mas gostei tanto de Whiplash! 
     Os supostos diretores dos favoritos na categoria acima estão como favoritos aqui também. Dessa categoria não entendo nada, mas achei super legal o fato de Boyhood ter sido filmado ao longo de 12 anos. 
     Para melhor ator empatam Michael Keaton e Eddie Redmayne. Gostei dos dois, mas torço por Redmayne. Melhor atriz venceria Juliane Moore. Eu super acho que ela merece, mas se as Marion ganhasse eu também não ficaria triste...
     Como coadjuvantes venceriam JK Simmons e Patricia Arquette. Eu concordo que eles merecem, mas vou tocer por Northon (aaamooo!) e Keira Knightley (aaamooo tb!).
     Já o vencedor de melhor filme estrangeiro seria Ida e, dos filme que consegui ver, gostei mais deste também.
     Enquanto aguardamos a cerimônia, comente aí quais são seus favoritos.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

50 Tons

     O que dizer sobre Cinquenta Tons de Cinza... 
     Pra começar, fiquei absolutamente louca para ler o livro! Todas as pessoas que eu conhecia que haviam lido falaram super bem dele. Li o primeiro capítulo na net e fiquei com mais vontade ainda de ler ! 
     Li. 
     Decepção. :(
     Mas, como brasileira (que não disiste nunca rsrs), tive que ler a trilogia toda porque não aguento deixar as coisas pela metade. Entretanto, ei de confesar que o último livro foi difícil terminar, viu!? 
     Achei que os trêrs livros podiam ter sido resumidos em dois, no máximo. Christian, com todo aquele dinheiro, devia ir ao psicólogo pelo menos de segunda a sexta. Além do gosto por chicotes e afins, o cara é control freak e não suporta ser tocado. Se não fosse rico e lindo... Anastasia, por sua vez,  devia fazer terapia para elevar a auto estima e deixar de acreditar em coelhinho da páscoa.
     E agora o filme (adaptação do primeiro livro) está nos cinemas.
     Fiquei louca para ver!  Depois li críticas péssimas e dasanimei um pouco...
     - Mas, Cíntia, se vc não gostou dos livros por que quer assistir ao filme?
     Simples. Pra conferir se é tão mais ou menos quanto os livros.
     É pior. :((
     Como li na Tribuna de Minas "a diretora tirou muita da (pouca) graça que havia no livro". A capa da Isto É trazia uma foto do filme com a manchete: A Explosão do Erotismo. Eu pergunto: Que erotismo??? O filme é basicamente um romance com peitos e bundas à mostra.
     Tá, tem chicotes, cordas e gravatas fazendo o papel de algemas. Mas Ninfomaníca, sem esses apetrechos, é muito mais erótico. Não vou nem comentar quão mais sensual é a cruzada de pernas de Sharon Stone em Instinto Selvagem que todo o filme 50 Tons.
     Jamie Dornan e Dakota Johnson são lindos sim, não se pode negar, mas... Ryan Gosling, como senti a sua falta vendo esse filme!
     Palmas para a versão de Crazy in Love da Beyoncé feita para o filme. Essa sim ficou sensual!
     




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Vítima e algoz

Esse texto foi escrito e cedido pela minha querida amiga, Renata Monteiro, para o Blog.
Ela escreve lindamente!

No dia que se comemorou os 70 anos da libertação do maior campo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau (ontem, dia 27), lembrei-me de duas obras literárias que me provocaram, por consequência, sentimentos de compaixão e revolta em relação aos judeus.

O primeiro livro é a autobiografia “Depois de Auschwitz”. Ele conta a história de Eva Schloss, judia e “irmã postiça” de Anne Frank (é necessário ler para entender o porquê desse “parentesco”. Sem spoiler!), que sofreu mas sobreviveu a todos os tipos de tortura durante o Holocausto.
enar dos judeus de tomar Jerusalém da Palestina, por eles considerarem ser a terra sagrada do povo hebraico. Na verdade, Ghada foca seu relato na forma violenta e injusta como os judeus invadem o país palestino, movidos pelos sentimentos de ódio, rancor e revolta em relação a tudo o que sofreram durante e após a Segunda Grande Guerra. O que inclui a perda de uma pátria (amada, idolatrada, salve, salve!).


Pode-se ter uma ideia de como é comovente ler as descrições dos momentos de angústia, dor e sofrimento vividos não só durante o tempo em que a menina (junto com seu povo) esteve presa no campo de concentração, mas também depois do seu milagroso retorno ao lar. Foram anos e anos de trauma que ela carregou consigo, após sua libertação.
Sério, dá muita pena!
No entanto, o segundo livro – também autobiográfico – relata a trajetória de vida de Ghada Karmi, uma palestina que, assim como a maioria de seus compatriotas, foi obrigada (junto com sua família) a deixar sua terra natal e se refugiar em outro país (Inglaterra, no caso). Motivo da expulsão? A invasão da Palestina pelos judeus que, após a 2ª Guerra Mundial, ocuparam violentamente o país palestino com a intenção de construir o Estado de Israel.
A história descrita por Ghada na obra intitulada “Em busca de Fátima” é de extrema parcialidade, claro. Tanto que a autora não expõe com clareza o desejo milenar dos judeus de tomar Jerusalém da Palestina, por eles considerarem ser a terra sagrada do povo hebraico. Na verdade, Ghada foca seu relato na forma violenta e injusta como os judeus invadem o país palestino, movidos pelos sentimentos de ódio, rancor e revolta em relação a tudo o que sofreram durante e após a Segunda Grande Guerra. O que inclui a perda de uma pátria (amada, idolatrada, salve, salve!).
 A leitura me fez pensar: parece que a história de sofrimento vivida pelos judeus, durante o Holocausto, não lhes serviu de lição. Há 70 anos, eles sofreram o pão que o diabo amassou nas mãos dos alemães nazistas. Mas tem quase 70 anos que eles fazem os palestinos penarem.
Sério, dá muita raiva!