segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Vítima e algoz

Esse texto foi escrito e cedido pela minha querida amiga, Renata Monteiro, para o Blog.
Ela escreve lindamente!

No dia que se comemorou os 70 anos da libertação do maior campo de extermínio nazista Auschwitz-Birkenau (ontem, dia 27), lembrei-me de duas obras literárias que me provocaram, por consequência, sentimentos de compaixão e revolta em relação aos judeus.

O primeiro livro é a autobiografia “Depois de Auschwitz”. Ele conta a história de Eva Schloss, judia e “irmã postiça” de Anne Frank (é necessário ler para entender o porquê desse “parentesco”. Sem spoiler!), que sofreu mas sobreviveu a todos os tipos de tortura durante o Holocausto.
enar dos judeus de tomar Jerusalém da Palestina, por eles considerarem ser a terra sagrada do povo hebraico. Na verdade, Ghada foca seu relato na forma violenta e injusta como os judeus invadem o país palestino, movidos pelos sentimentos de ódio, rancor e revolta em relação a tudo o que sofreram durante e após a Segunda Grande Guerra. O que inclui a perda de uma pátria (amada, idolatrada, salve, salve!).


Pode-se ter uma ideia de como é comovente ler as descrições dos momentos de angústia, dor e sofrimento vividos não só durante o tempo em que a menina (junto com seu povo) esteve presa no campo de concentração, mas também depois do seu milagroso retorno ao lar. Foram anos e anos de trauma que ela carregou consigo, após sua libertação.
Sério, dá muita pena!
No entanto, o segundo livro – também autobiográfico – relata a trajetória de vida de Ghada Karmi, uma palestina que, assim como a maioria de seus compatriotas, foi obrigada (junto com sua família) a deixar sua terra natal e se refugiar em outro país (Inglaterra, no caso). Motivo da expulsão? A invasão da Palestina pelos judeus que, após a 2ª Guerra Mundial, ocuparam violentamente o país palestino com a intenção de construir o Estado de Israel.
A história descrita por Ghada na obra intitulada “Em busca de Fátima” é de extrema parcialidade, claro. Tanto que a autora não expõe com clareza o desejo milenar dos judeus de tomar Jerusalém da Palestina, por eles considerarem ser a terra sagrada do povo hebraico. Na verdade, Ghada foca seu relato na forma violenta e injusta como os judeus invadem o país palestino, movidos pelos sentimentos de ódio, rancor e revolta em relação a tudo o que sofreram durante e após a Segunda Grande Guerra. O que inclui a perda de uma pátria (amada, idolatrada, salve, salve!).
 A leitura me fez pensar: parece que a história de sofrimento vivida pelos judeus, durante o Holocausto, não lhes serviu de lição. Há 70 anos, eles sofreram o pão que o diabo amassou nas mãos dos alemães nazistas. Mas tem quase 70 anos que eles fazem os palestinos penarem.
Sério, dá muita raiva! 

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